não vou pular sete ondas. já pulei e o máximo que aconteceu foi molhar a roupa toda.
não vou comer lentilha. já comi e a fartura que consegui foi de vômito no banheiro
não vou guardar as sementes de 12 uvas na carteira. já guardei e o dinheiro, que é bom, não vi.
não vou colocar nem nota de um real no sapato. já coloquei e perdi o dinheiro no meio do pula daqui, abraça dali.
não vou pular no pé direito com taça de champagne na mão. já pulei e a taça pulou junto.
não vou usar calcinha rosa. já usei várias e o amor de verdade não apareceu.
não vou defumar a casa. já defumei e ganhei uma rinite de presente.
não vou tomar banho de pétalas de rosas brancas. já tomei e entupi o ralo do banheiro.
não vou ligar pra cor de roupa. já rompi de preto. nada de nefasto me aconteceu.
não vou jogar moedas da rua para minha casa. isso é pra quem quer começar o ano brigando com o vizinho.
não vou deixar nem a porta nem as janelas da minha casa abertas. vai que chove? vai que o ladrão aparece?
não vou fazer barulho numa de afugentar os maus espíritos. nada de apitaço, panelaço e o escambau. espírito ruim precisa é de oração. não de barulho.
não vou fazer nada dessas coisas. e espero que você não perca seu tempo fazendo, porque nada disso fará o ano de ninguém melhor.
quem faz de um ano ( e da vida) algo realmente novo é a gente mesmo. nas ações de todos os dias e não naquelas feitas nos minutinhos que precedem as doze badaladas.
crendice nunca deu futuro pra ninguém. só pra quem vende revista.
que venha o tal de 2007!
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