não vou abarrotar a mala com dores do passado nem levar tristeza e amargura nas mãos. a mochila da viagem anterior extraviou-se, cheia de frustrações e feridas. não reclamei no balcão de achados e perdidos por não valer a pena. é chegada a hora de novos roteiros, novos embarques, novos rumos. não ligarei se o trem atrasar ou se não sentar na poltrona da janela no avião. não me importarei se o pneu do carro furar no meio do caminho ou se não houver passagem no ônibus leito. só não posso esquecer de levar apenas o necessário. excesso de bagagem, nunca mais.
( rio de janeiro - abril de 2000)
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