Querida M.
Em tempos de emails, celulares, torpedos e afins, só mesmo uma pessoa como você para resgatar o envio de cartas, não é mesmo? E saiba que eu fiquei feliz em ser uma das destinatárias de tanto carinho.
Escrevo-te, lôramada, apenas para dizer que pessoas entram na vida da gente de forma que muitas vezes não nos cabe entender. Como já disseram uns moços por aí " o acaso não existe" e " há mais mistérios entre o céu e a terra do que supõe a nossa vã filosofia". E eu acredito piamente nisso, sabe? Pense em nós duas: geograficamente tão próximas e nunca tivemos nossos caminhos cruzados até uma troca de comentários em blogs, coisa do mundo moderno. Se a modernidade da vida tem lá seu preço, esse foi um daqueles que valeu a pena pagar. Conhecer você e sua família é um privilégio, pois gentes como vocês fazem com quem a esperança no ser humano jamais se perca.
A barra pesou aí; a barra já pesou aqui. E o mais bacana disso tudo é que pudemos ter o colo e o ombro uma da outra com a mesma verdade que sentimos quando as alegrias de uma são comemoradas com intensidade pela outra. Acho que isso é o que chamam por aí de amizade genuína...
No mais, querida, fica aqui o meu desejo que o sol que você tanto ama volte a brilhar lá fora (e aí dentro de ti também) e que o céu, mais que aviões, te traga bençãos.
E para finalizar te devolvo Caio Fernando Abreu: "Num deserto de almas também desertas, uma alma especial reconhece de imediato a outra."
Fica bem, linda, loura e feliz, ok?
Amutu!
Dia lindo pra ti também
Beijo imenso,
M.
P.S. Dê um beijo especial em B. e H. e diga-lhes que estou torcendo daqui para que A. chegue cheia de saúde, trazendo mais felicidades a essa família que tomei emprestada para mim.
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