acordou estranha. resolve sair, sabendo bem onde iria. chega nas areias que foram testemunhas de sua história. senta na lua deserta daquelas mesmas pedras cantadas pelo poeta, olhando o mar e pensando no que foi, no que é, no que podia ser. a vida é estranha muitas vezes. chove. não se importa. já nem sabe o que é chuva, o que é lágrima. perto dela, um casal de namorados alheios a tudo a sua volta, exatamente como eles há anos atrás. pensa em ligar e dizer onde está. não, não vale a pena. melhor ficar sozinha como, na verdade, sempre esteve. no mp4 cazuza deseja a sorte de um amor tranquilo. antes de ir embora, lembra-se de caio fernando abreu : "tô exausto de construir e demolir fantasias”. é, ela também.
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